“Mais do que descaso, o município de Itajaí está regredindo quando o assunto é Segurança Pública”. A afirmação foi proferida pelo vereador Luiz Carlos Pissetti durante debate no “Grande Expediente” da sessão desta terça-feira, dia 13. Pissetti apresentou em plenário uma carta encaminhada pelos delegados da cidade ao prefeito Volnei Morastoni, denunciando situação de penúria em que se encontra a Polícia Civil em Itajaí, que desde fevereiro de 2005, não recebe recursos do Fummpopoc.

A correspondência, assinada por seis delegados, aponta que falta na Polícia Civil de Itajaí até mesmo materiais básicos como tonner, cartuchos para impressoras e papel. As instalações físicas da Central de Polícia Civil de Itajaí também estão comprometidas, com infiltrações em todos os compartimentos em dias chuvosos, causadas pela cobertura que precisa de reparos urgentes.

O vereador Pissetti aponta como alarmante tal situação. “Em 1985, a cidade contava com uma Central de Polícia, 1º e 2º Distritos policiais e estava sendo criado o 3º Distrito. Hoje, estes distritos policiais estão desativados, o que comprova que a cidade regrediu no que diz respeito à Segurança Pública”, destacou Pissetti.

A situação da Polícia Civil na cidade se agrava porque a instituição não recebe nenhum recurso oriundo do Fummpopoc, fundo municipal criado para viabilizar o reaparelhamento das polícias Militar e Civil. “Isto porque o Delegado Regional que coordenava a Polícia Civil em 2005, solicitou a saída da instituição na participação do Fundo”, destacou o vereador.

Em apartes solicitados pelos vereadores Rogério Ribas (PP), Clayton Batschauer ( PR) e João Vequi ( PT), o tema da Segurança Pública ganhou corpo nos debates. Rogério Ribas defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar Permanente para acompanhar ações em Segurança Pública na cidade. Clayton destacou que medidas simples, como as barreiras policiais nas entradas e saídas da cidade poderiam reduzir a violência.

O Vereador João Vequi lembrou que não cabe a nenhum Delegado Regional recusar recursos do Fundo Municipal de Segurança. “O Fundo foi instituído por Lei aprovada nesta casa e não cabe a uma única pessoa, movida por qualquer motivo, negar que este fundo traga benefícios para a instituição da polícia Civil”, argumentou.

Ao concluir o debate, o vereador Luiz Carlos Pissetti lembrou que a Segurança Pública é tema sempre recorrente na Câmara de Vereadores. “Esperamos que o prefeito acate a solicitação dos delegados da Polícia Civil, e que a instituição venha a também usufruir dos recursos do Fummpopoc, que só no ano passado arrecadou mais de R$ 600 mil”, concluiu Pissetti.

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