Viabilizar o reaproveitamento de cem por cento do óleo de cozinha utilizado em residências e estabelecimentos comerciais em Itajaí, impedindo que esse material acabe sendo despejado nas pias e acabem contaminando os recursos hídricos da cidade. Este é o objetivo de projeto de Lei de autoria do vereador João Eduardo Vequi (PT), que dispõe sobre a criação de um programa municipal de tratamento e reciclagem de óleo de uso culinário na cidade. O Projeto de Lei, protocolado ontem foi baixado para trâmite junto às Comissões Permanentes da Câmara.

João Vequi explica que a sua proposta de um “Programa de reciclagem de óleo de cozinha” é a reunião de várias iniciativas que já vem desenvolvida no âmbito do município, aliada a outras proposições que devem ainda ser debatidas com a comunidade. “Não pretendemos levar esse projeto para debate e votação em plenário de imediato, porque acreditamos que ainda podem ser acrescidas importantes ações até que o programa se transforme definitivamente em Lei”, explica.

De fato, o programa prevê uma série de ações a serem implementadas, que vão deste a obrigatoriedade da empresa coletora de lixo recolher o óleo de cozinha, até a concessão de incentivos fiscais para a implantação de empresas de reciclagem deste produto. “Já temos em Itajaí uma empresa que transforma o óleo de cozinha em biodíesel e que consome uma boa quantidade do produto. Mas o óleo ainda pode ser usado na fabricação de sabão, sabonete e outros produtos, gerando um amplo leque de novos negócios que ainda acabam por impulsionar nossa economia”, destaca Vequi.

Vequi reforça sua disposição na defesa de um programa de coleta e reciclagem de óleo de cozinha na proteção ao meio ambiente. “Pesquisas ambientais revelam que um litro de óleo restante de fritura jogado nos mananciais, afeta a oxigenação de um milhão de litros d´água, volume suficiente para o consumo de uma pessoa pelo período de 14 anos”, lembra.

O vereador destaca que, enquanto não se oficializa o programa de reaproveitamento de óleo de cozinha, algumas ações já vem sendo desenvolvidas, como a implantação gradativa de “postos de recolhimento” em alguns locais públicos – especialmente escolas. “O cidadão que desde já quiser fazer a sua parte, deve depositar o óleo utilizado numa garrafa plástica, tipo PET, e levá-la a um destes postos de recolhimento até que seja implantado um sistema eficaz de coleta direta na residência”, conclui João Vequi.