Um debate acirrado esquentou os ânimos dos vereadores na sessão desta terça-feira. A discussão aconteceu durante debates sobre pedido de informação formulado pelo vereador Luiz Carlos Pissetti (DEM), sobre duas ruas que foram ocupadas pela empresa Multilog, sem que fosse efetuada nenhuma consulta oficial ao Poder Legislativo. Pissetti observou que até considera ser benéfica a medida para a cidade, mas questionou a competência do Executivo em promover tal ação sem a anuência da Câmara.

O Pedido de Informação apresentado por Pissetti busca saber se o prefeito autorizou a ocupação das ruas Ambrózio Testoni e Bento José da Rosa, situadas na região da Itaipava, pela empresa Multilog. No mesmo requerimento, o vereador questiona por que não foi remetida à Câmara o projeto para desafetação da via, se foi realizada algum tipo de transação com a empresa para indenização daquela área, e se o prefeito ou a procuradoria geral do município consideram se houve prejuízo para a cidade com a transação.

O líder do governo na Câmara, vereador Nikolas Reis (PT), rebateu dizendo que o prefeito tem competência para desafetar as ruas sem a anuência da Câmara. Nikolas lembrou que o Executivo chegou a encaminhar projeto para a Câmara que acabou não sendo discutido em virtude do recesso de final de ano. Isto foi o estopim para manifestações mais contundentes, de cujos debates participaram os vereadores Clayton Batschauer (PR), Rogério Nassif Ribas (PP) e João Vequi (PT). O clima da sessão chegou a ficar tenso, gerando a necessidade de diversas intervenções do presidente Paulinho Amândio (PDT), para conter os ânimos mais exaltados.

A sessão chegou a ser interrompida a fim de que os envolvidos nas discussões se acalmassem. Após retomados os trabalhos, mesmo com maior tranqüilidade, o líder do Governo e o Líder do Bloco de Atuação Parlamentar (BAP), Rogério Ribas, chegaram a trocar novas farpas. O pedido de informação do vereador Pissetti foi colocado em votação pelo presidente Paulinho Amândio e acabou sendo aprovado pelo plenário, contando apenas com o voto contrário do próprio líder do governo, Nikolas Reis.