O uso do tradicional giz e do quadro negro deverá transformar-se em lembrança do passado em Itajaí. Projeto de Lei de autoria da vereadora Dalva Rhenius, que deve ser discutido e votado na sessão da próxima terça-feira, dia 13, prevê a substituição do giz e do quadro negro por equipamentos mais modernos nas salas de aula. A medida, segundo a vereadora, pretende preservar a saúde de professores e alunos.

Ao justificar seu projeto, Dalva Rhenius destaca que o óxido de cálcio, ou cal virgem, do qual é feito o giz, é produzido pelo aquecimento do carbonato de cálcio que, em contato com a água, forma o hidróxido de cálcio, comumente conhecida como cal hidratada. “Tanto uma como outra são cáusticas e irritantes à pele e às mucosas, podendo causar úlceras várias, problemas crônicos das vias respiratórias e irritação permanente da garganta”, enfatiza.

Segundo a vereadora, já existem outros tipos de quadros e pincéis apropriados para substituírem, com muita vantagem, o quadro negro e o giz, protegendo a saúde dos professores e alunos. “A substituição do giz já é obrigatória por lei em muitas cidades brasileiras e, inclusive, aqui em Santa Catarina. A adoção de tal medida em nossa cidade também tende a refletir-se na melhoria da saúde e da qualidade de vida de nossos profissionais da educação”, destaca Dalva.

O projeto prevê um prazo de 24 meses para que a prefeitura proceda a substituição dos quadros e do giz em todas as unidades escolares do município. Novas escolas ou salas de aula que venham a ser edificadas neste período, obrigatoriamente já deverão estar adequadas à nova legislação.
A proposição estava na pauta do dia para primeira discussão e votação na sessão desta quinta-feira, mas teve pedido de vistas formulado pelo vereador Nikolas Reis (PT), líder do Governo na Câmara. Dessa forma, a discussão sobre o tema acabou sendo adiada para a sessão da próxima terça-feira.